Um leite saudável e de boa qualidade sempre foi o que os grandes laticínios procuram para serem competitivos no mercado, mas para que isto aconteça é necessário que o grupo de fêmeas que estão sendo ordenhadas esteja em boas condições de produção e principalmente da saúde destes animais. O retireiro deve estar sempre atento aos animais e observar certos sinais apresentados pelas vacas, como por exemplo: pelos arrepiados, diminuição na ingestão de sua dieta, queda na produção de leite e alterações na urina ou nas fezes (muito mole, muito seca, ou com sangue), o animal para de ruminar e muita das vezes deita e não levanta mais. O período de descanso é necessário no pré parto, neste momento em que o animal não esta em lactação ele melhora o seu score corporal e recupera a glândula mamária da lactação anterior.Durante a lactação, deve-se observar em especial a mastite, doença que causa prejuízos para a atividade leiteira. Existem dois tipos de Mastite a Contagiosa e a ambiental. Mastite contagiosa: causada por micro-organismos que estão presentes no úbere e são transmitidos pelas mãos do próprio ordenhador e equipamentos utilizados durante a ordenha. Esses micro-organismos entram no canal do teto e causam a infecção.  Mastite ambiental: causada por micro-organismos presentes no ambiente. Como por exemplo: solo, camas, material vegetal, pisos dos currais, etc. O maior risco de contágio é logo após a ordenha, quando os esfíncteres (orifícios) dos tetos ainda estão abertos e a vaca deita sobre solo ou material contaminado, facilitando a entrada de micro-organismos no canal do teto, o que leva à infecção. Para que toda a cadeia do leite se beneficie é necessário que a higiene antes durante e depois das ordenhas seja um dos principais requisitos, assim a saúde do leite estará garantida para o beneficiamento e consumo.

Fausto Cerqueira
Zootecnista ABCGIL



Foto: Carlos Lopes