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Mastite, todo cuidado é pouco.

Mastite, todo cuidado é pouco.

27/08/2014



Prezados Associados,

Considerada pelos especialistas como a principal doença da pecuária leiteira, a mastite ou mamite, em termos técnicos, é uma inflamação da glândula mamária causada na maioria das vezes, pela invasão de microrganismos através dos tetos.
Lembrando que a mastite afeta o úbere da vaca, a qualidade do leite e, consequentemente o bolso do produtor, sendo que muitos laticínios pagam com base na qualidade do leite.

A mastite se apresenta de duas formas:
 


Mastite clínica: ocorre vários sintomas como secreção de leite com grumos,  pus ou de aspecto aquoso, tetas e úbere com vermelhidão, duros, inchados, doloridos e quente, as vacas podem até apresentar febre, perda de apetite.



Mastite subclínica: os animais infectados não apresentam sintomas, somente testes específicos como o CMT (California Mastitis Test) podem diagnosticar a doença.


Para diagnóstico da mastite além da verificação dos sintomas clínicos é recomendável que diariamente seja realizado o teste da caneca telada ou de fundo preto, onde são depositados os primeiros jatos de leite de cada teta e observa-se a presença ou não de grumos, pus ou se o leite está aquoso.

Antes da ordenha observa-se também se há presença de ferimentos, inflamação nas tetas e no úbere.

O California Mastitis Test (CMT) é um teste que deve ser realizado mensalmente. As vacas identificadas com mastite terão que ser tratadas e o leite dessas vacas não podem ser misturados com o das vacas sadias.

Para se fazer o tratamento da mastite o primeiro passo é identificar as vacas doentes, sendo feita a identificação separá-las do rebanho para ser feito o tratamento. Como a mastite é causada por vários microorganismos não é indicada a utilização de qualquer produto, o melhor é consultar um Medico Veterinário para um tratamento correto e eficaz.


Nas ordenhas as vacas diagnosticadas com Mastite devem ser ordenhadas por último, começando a ordenha pelas tetas sadias e por último as doentes.

No caso da mastite para que não haja perda o melhor é prevenir, sendo assim o manejo é de extrema importância.

Para evitar ou impedir sua disseminação o ambiente tem que estar sempre limpo (retirada do esterco do curral, sala de ordenha), limpeza das teteiras e regulagem da ordenhadeira, roçagem dos pastos para evitar ferimentos nas tetas e úbere e, principalmente, a lavagem das mãos do ordenhador antes de fazer a ordenha de cada vaca.

Antes da ordenha de cada animal, as tetas que apresentarem vestígios de sujeira, devem ser lavadas com água corrente e secas com toalhas descartáveis. Caso os tetos estejam limpos, a lavagem não é necessária.

Ainda neste mesmo processo jogar água no úbere para a retirada de sujeira não deve ser realizado em hipótese alguma, pois tal procedimento poderá conduzir água suja até a extremidade dos tetos, o que aumenta a possibilidade de carregar microrganismos até o local. Lembrando que a água utilizada para a lavagem dos tetos deve ser clorada, a intensidade dos jatos de água não deve ser grande, utilizando uma mangueira de baixa pressão.

O pré diping é realizado com produtos á base de cloro, que devem permanecer em contato com os tetos por um período mínimo de 30 s.

O pós diping é importante e ajuda na redução significativa dos casos de mastite subclínica, diminuindo o número de infecções intramamárias por patógenos contagiosos.

 

Ranielly da Silva Maciel
Veterinária - ABCGIL



Foto: Carlos Lopes

 


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