Prezados Associados,
Os microrganismos causadores de mastite presentes no ambiente de permanência das vacas são chamados de patógenos ambientais - crescem em condições de alta temperatura e umidade e em presença de matéria orgânica, os mais comumente encontrados são principalmente os coliformes. Estes compreendem as bactérias Escherichia coli, Klebsiella sp e Enterobacter sp.
Aproximadamente 70% a 85% das infecções por coliformes tornam-se clínicas e mais de 25% das vacas em rebanhos bem manejados são anualmente diagnosticadas com mastite clinica causada por coliformes. As infecções intramamárias são mais frequentes durante os três primeiros meses e, especialmente, no primeiro mês de lactação. A taxa de novas infecções causada por coliformes é maior durante o período seco do que durante a lactação, principalmente nas duas semanas pós-secagem e nas duas semanas pré-parto.
A importância do uso de antibióticos administrados por via intramamária e sistêmica para o tratamento de casos clínicos por coliformes é questionável por causa da curta duração de infecções e da alta taxa de cura espontânea. Além disso, a maioria das formulações de antibióticos não são eficientes contra os coliformes.
Práticas de manejo para reforçar a resistência da vaca são necessárias para controlar a mastite causada por coliformes, principalmente durante o período seco, momento de maior risco de aquisição de novas infecções, já que a terapia de vacas secas, com uso de antibióticos intramamários, não é completamente eficaz no controle de mastites causadas por coliformes. A vacina com a cepa mutante rugosa E. coli O111:B4 (J5) tem sido utilizada há mais de 15 anos, na imunização de vacas contra as mastites causadas por coliformes. Essa vacina oferece proteção contra todos os coliformes.
São recomendadas três doses da vacina:
- a primeira na secagem (60 dias antes do parto);
- a segunda 30 dias apos a primeira dose;
- e a ultima dose na primeira semana apos o parto.
Animais vacinados têm cinco vezes menos riscos de sofrer mastite clínica por coliformes no inicio da lactação do que vacas não vacinadas. A vacinação de vacas com E. coli J5 melhora a saúde do úbere de vacas leiteiras reduzindo a prevalência de animais com mastite por coliformes, bem como a duração e severidade dos casos clínicos de mastite. Por tudo isso, é uma ferramenta importante de ser utilizada em rebanhos leiteiros.
FONTE : rehagro.com.br
Gustavo Rodrigues A. Oliveira
Técnico Agrícola - ABCGIL
Foto: Carlos Lopes